Bruxelas propõe 16 mil milhões para programa espacial da UE

A Comissão Europeia propôs, esta quarta-feira, consagrar 16 mil milhões de euros do orçamento comunitário pós-2020 ao programa espacial da União Europeia, a fim de reforçar a liderança da Europa no espaço.

O novo programa espacial da UE, apresentado esta quarta-feira, pretende reforçar o investimento nas actividades espaciais, tendo em vista a adaptação às novas necessidades e tecnologias e, simultaneamente, incrementar a autonomia da Europa no acesso ao espaço.

De acordo com a proposta do executivo comunitário, inscrita no Quadro Financeiro Plurianual da UE para o período 2021-2027, o novo programa irá melhorar o acesso das empresas espaciais em fase de arranque ao financiamento de risco, e permitir à UE explorar, paralelamente, a possibilidade de criar um fundo especial de capital de investimento através do programa InvestEU.

O novo programa espacial propõe-se também a criar parcerias para a inovação a fim de desenvolver e adquirir produtos e serviços inovadores, facilitar o acesso de empresas em fase de arranque a instalações de ensaio e de processamento, e promover a certificação e a normalização.

O programa será executado em conjunto com o programa Horizonte Europa, garantindo a colaboração no plano das acções de investigação e inovação relacionadas com o espaço.

A Comissão Europeia irá ainda agregar a procura de serviços de lançamento, disponibilizando investimento e incentivando a utilização de tecnologias inovadoras, tais como os lançadores reutilizáveis, e contribuir para a adaptação das infra-estruturas terrestres necessárias.

O executivo comunitário pretende canalizar 9,7 mil milhões de euros para Galileo e EGNOS, os sistemas mundiais e regionais de navegação por satélite, 5,8 mil milhões para Copernicus, o programa da UE de observação da Terra, e 500 milhões de euros para desenvolver novas componentes de segurança.

“O nosso roteiro é claro: manter e modernizar a infra-estrutura existente para o Galileo e o Copernicus, aumentar a utilização dos dados espaciais, promover um ‘NewSpace’ europeu de empresas inovadoras em fase de arranque e aumentar a segurança dos cidadãos europeus. Apresentamos hoje a nossa ambição e visão materializadas num programa concreto, de modo que a Europa possa continuar a ser um líder mundial no sector espacial e esteja mais bem equipada para reagir às profundas mudanças no sector espacial”, disse a comissária responsável pelo Mercado Interno, Indústria, Empreendedorismo e PME, Elzbieta Bienkowska. (RM-NM)